quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Para onde foram as manifestações?



A Imagem acima nos mostra um trabalhador levando o ponto de interrogação em seu carrinho de mão. Pois bem. Nada melhor que uma imagem para ilustrar o que pretendo dizer com este breve post latente. O titulo deste pequeno texto nos faz uma pergunta que todo cidadão que tenha o mínimo de acuidade em inquirir deveria se fazer ao observar o repentino sumiço das passeatas e manifestações que assolavam as nossas cidades a pouco tempo. O que aconteceu? Os desejos sociais foram saciados? As petições cessaram por quê? Como uma das minhas qualidades humano-caninas mais apuradas (segundo minha esposa),  meu faro, modestamente, se parece com o de um cão policial treinado. A partir da minha facilidade para encontrar maquinações políticas de cheiro(e cor) vermelho(a), acredito piamente que, as ordens para que as manifestações fossem feitas e suas respectivas propagandas, foram "seguradas" pelos líderes deste movimento que é mais articulado do que imaginamos (lembrando que a maioria é composta daqueles que nada imaginam sobre este movimento). O grosso das manifestações, a tal massa de manobra multifacetada , aquietou-se novamente pois, os meninos do regime, resolveram não mais insuflar o "povo unido" que adora um carnaval, seja da espécie que for. 
Mas, por que os entes "invisíveis" da política resolveram cessar com os manifestos? Respondo. Porque seus objetivos a curto prazo não foram alcançados. Não vou ficar aqui a citar as instituições por trás destas ordens para se fazerem passeatas. O leitor que não está (não uso o verbo ser por acreditar no potencial de mudança do ser humano) em um "imbecil coletivo" pode muito bem saber qual (is) é (são).  A minha pergunta, representada pela interrogação está sobre aquele carrinho de mão na imagem acima, foi levada para um exame de psicanalise promovido pela turma do poder invisível. Estes homens que não aparecem no cenário, ainda que, possamos senti-los, estão neste momento articulando melhores estratégias para que seus planos vermelhos voltem ao cenário nacional em breve. Ou seja, eles só levaram as manifestações (representada pela interrogação) para o divã, para fazerem algumas correções, devido aos traumas inesperados que ela sofreu quando o povo, num frenesi social, resolveu (inconscientemente) despartidarizar as manifestações (engrossando-as) tornando a canja "soviética" em um verdadeiro feijão amigo brasileiro, ou melhor uma verdadeira e típica feijoada. Não posso deixar de lembrar que esta feijoada contém partes de porco que se reconstituirão em um novo e mais forte suíno, em um ato digno da ave fênix e, logo em breve, veremos novamente este porco vermelho alado, de alguma forma, tentando abocanhar a pedra do poder nacional...  Quem vive verá.... E as manifestações? No momento não são necessárias....

terça-feira, 25 de junho de 2013

Temo pelo nosso futuro...


Prezados leitores,

Estou, de fato, temendo pelo futuro de nossa nação. Os protestos recentes foram, sem dúvida, uma demonstração da indignação geral que perpassa o povo (sem demagogias) brasileiro.  Todavia, há muita sinceridade e pouca informação. Já escrevi sobre a falta de coerência nas reivindicações dos manifestantes. Há, neste protestos, muita paixão, mas pouca racionalidade. Por isto, meu coração se preocupa. Não que devamos esquecer-nos da paixão, de forma alguma, todavia, a história nos mostra que somente a paixão não é suficiente. Sansão perdeu a cabeça, Clinton a presidência...  Neste sentido nosso movimento político popular (sem alusão a quaisquer movimentos marxistas) que se demonstra pelas manifestações públicas é, apenas, um apaixonado, sem saber pelo que. Um amante do não sei... É estranho. Mas é a pura verdade. Nosso povo foi às ruas gritar por algumas frases pré-gravadas que qualquer criança de 5 anos pode falar. Isto é bom. Só que é, simultaneamente, falso. Pois, se lutamos por algo, devemos no mínimo conhecê-lo. sabemos do problema e sequer podemos entendê-lo! Infelizmente, nosso povo não sabe gramática básica, quanto mais ter ideais políticos... Não adianta só gritarmos: " Não a corrupção". isto qualquer um faz e é um generalismo brabo. O que seria acabar com a corrupção em uma república como o Brasil? Infelizmente, 0,5% dos manifestantes poderiam responder. Logo, devemos também, nos posicionar a respeito do que queremos após as manifestações, ou melhor, o que queremos com as manifestações. E não podemos responder à esta pergunta com o generalismo: " um Brasil melhor". devemos saber porque e pelo que lutamos e principalmente, contra que (entenda-se quem) lutamos. Como não sou bocó percebo que o governo brasileiro querendo, sempre, se perpetuar, aproveitará das boas intenções do povo e tentará, com isso, somar pontos para seu propósitos nefastos. Dilma, ladra, guerrilheira e terrorista, não deve ter deixado de lado o sonho comunista. E ela é apenas uma das peças da engrenagem que compõem este movimento vermelho na América latina. Em seu pronunciamento boçal, nada falou além de generalismos.  Dentro deste quadro, temo pelo futuro de nossa nação nas mãos de pessoas que se encastelaram no poder. Temo mais ainda que o "fruto" destas manifestações sinceras (infelizmente o povo está servindo de idiota útil) seja, em última análise a reprodução do sonho dos governantes brasileiros, ou seja, que eles continuem a se perpetuar às custas de um povo que não sabe mais viver sem o Papai Governo (nenhuma exaltação da anarquia). Há, ainda, o lado mais radical da história. Não duvido muito que o fervor do povo seja canalizado em uma revolução marxista no Brasil, como fora em Cuba. O povo enganado entregou o governo nas mãos de um Castro ditador. Talvez este seja o sonho do Foro de S.P e dá corja comunista nacional (eles estão trabalhando insaciavelmente para isso).. Abramos os olhos. "O mar não está pra peixe"... Eu não quero um fortalecimento deste governo e sistema corrupto do Brasil e, muito menos, uma ditadura comunista no brasil e você?

Não adianta trocarmos os governantes, o sistema está putrefaço. Digo Sim à reforma política, mas não de qualquer jeito. A reforma deve ser feita dentro dos ideais republicanos e com foco no povo e não na classe política.

Que o Senhor, Supremo Governador de todas as  coisas (sem alusão a maçonaria), nos permita, ainda, termos liberdade e respeito nesta nação.

Att,

Marcos Vital

LIBERTATUM: REFORMA POLÍTICA - Prof.de Direito Constitucional ...

LIBERTATUM: REFORMA POLÍTICA - Prof.de Direito Constitucional ...: Não podemos deixar de conferir.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Esquerda, Left, Isquierda...

No último post me coloquei sobre o muro e fiz uma observação sucinta sobre as manifestações, além, de pontuar alguns objetivos caso eu fosse um manifestante ou um líder político. Largarei o conforto do sofá e serei mais claro, direto e conciso desta vez. Não escondo minha visão política. Sou a favor do livre mercado, de um Estado-pequeno. Tenho ojeriza ao marxismo (seja qual for a sua dissidência[tipo]) por boas razões. Meus anos de estudo na UERJ me mostraram o quanto a ideologia domina o campus universitário. Os professores e alunos repetem, alucinadamente, as doutrinas marxistas, em toda a sua multiface e mutações. Há os comunistas de fato. Há os mais brandos, há os marxistas culturais e etc. Todos, sem exceção, marxistas; esquerdistas que se debruçam sobre o Estado como o elixir das necessidades sociais (para não dizer pessoais...). Não é algo essencialmente novo para mim perceber que a esmagadora maioria dos jovens que estão participando destas manifestações são, sem dúvidas, partidários do pensamento de esquerda. Alguns, são filiados a partidos, outros não chegam a tanto, mas quase todos, sem dúvida, já foram inebriados com a doutrina marxista. Digo isto, pois não há como evitá-la em sã consciência hoje no Brasil. A educação brasileira, em todos os níveis, está infectada pelo marxismo em suas variadas formas. Portanto, estes jovens que vão às ruas o fazem como marxistas (entenda-se esquerdistas). Nem todos, claramente, ciente disto. Porque afirmo isto? Pelo teor das declarações que pude (e posso observar). É lugar-comum ouvir:

* Exigimos passe livre. (Isto é uma insanidade. Quem é que vai pagar o custo do passe livre? Você contribuinte, é claro. existe algo de graça por aí?)
* Exigimos investimento em educação, saúde, lazer e cultura. 
* exigimos segurança pública.
* exigimos redução das tarifas. (Subsidiadas pelo governo com dinheiro dos nossos "poucos" impostos).
* entre outras loucuras.

Interessante é notarmos que eles exigem isto do governo. Na cabeça dos manifestantes o governo é a instituição que deve prover de tudo um pouco para a sociedade. Me diga o que é isto, senão, a doutrina vermelha em sua essência. Na mente destes jovens que foram ideologizados e estão alienados da  possibilidade de pensar por si mesmos, o governo é o "deus da sociedade". Porém, há uma questão no meio disto tudo. Ao passo que eu pressiono o governo eu o perpetuo. isto mesmo. Quando luta-se por melhores serviços advogados do governo, nós o estamos perpetuando. É extremamente ambíguo. Mas é como se eles dissessem: " estamos de saco cheio de vocês, mas, queremos mais de vocês..." Estes manifestantes não percebem que pedindo redução nas passagens, eles estão "pedindo" também aumento do subsídio ao transporte público com verbas públicas. O que isto vai gerar? Advinhe? pra quem sobra a conta? Pros pais destes jovens que estão nas ruas achando que aquilo é "a primavera nacional". Quem pagará a conta somos nós, cidadãos. Neste sentido, eu me coloco totalmente contra as manifestações. Acho uma perca de tempo. Só há uma solução para sairmos do beco que estamos:
-Diminuirmos o governo, a máquina estatal.
-remodelarmos a educação com base na liberdade de mercado.
- Exigirmos uma menor interferência governamental no mercado. isto gera burocracia e acaba com a concorrência.

Sabe o que me lembra estes pobres manifestantes: cachorro

que morde o próprio rabo. É extremamente irônico, mas eles querem perpetuar àqueles que estão perseguindo... vai entender. Só muita ideologização mesmo... ESTES JOVENS NÃO ME REPRESENTAM!

P.S: A única coisa que podemos tirar de válido destas manifestações é o combate à corrupção. O porém, é que pouco tem-se falado sobre isto nas manifestações....

terça-feira, 18 de junho de 2013

O que querem os manifestantes?


Ao observar as manifestações sociais, algumas nem tão sociais, que eclodiram neste mês de junho, uma dúvida me surgiu. Repasso esta dúvida na forma da pergunta que denomina  este post: O que querem os manifestantes? Sou protestante. A representação histórica da minha fé vem de um movimento "revolucionário" surgido a partir da identificação das "injustiças" e heresias cometidas pela igreja detentora do poder religioso, político e social na idade média. Logo, sou a favor da identificação das necessidades políticas e sociais e a posterior movimentação social para o alcance de objetivos para a resolução destas necessidades. Não posso me colocar contra qualquer movimentação de pessoas que lutem por necessidades. Todavia, eu tenho minhas dúvidas sobre se, de fato, estes manifestantes sabem quais são as suas necessidades? O estopim de uma insatisfação contida a muito tempo, foi a questão do aumento das passagens, sem dúvida. Não estão lutando, nosso povo, por simples R$ 0,20 centavos, mas por várias questões. Todavia, isto está velado, não está claro nestas manifestações. Quais são as reivindicações deste povo? Falta articulação política a estes movimentos, faltam objetivos. Ao observar as manifestações percebo o desejo, a paixão, mas não consigo ver iniciativas que demonstrem de fato o que querem estes manifestantes. Talvez por serem tão plurais, tão heterogêneos, se perca a identificação. Portanto, abaixo transcrevo alguns tópicos que utilizaria como fundamentais em exigências se fizesse parte destas manifestações:

1. Exigiria punição aos crimes políticos e a não efetivação destes criminosos em seus cargos.
2. Exigiria uma menor participação do governo no mercado nacional. 
3. Exigiria uma melhor aplicação dos recursos advindos dos inúmeros impostos que pagamos. (este tópico é especialmente vago. merece uma atenção especial)
4. Exigiria uma diminuição urgente em nosso quadro político e ministerial. Nosso Estado está se tornando uma grande máquina. (Até prédios estão sendo alugados para abrigar os novos ministérios).
5. Exigiria investimento em infraestrutura em todas as áreas. 
6. Exigiria investimento maciço em tecnologia e pesquisa científica em todas as áreas. Nosso pesquisadores estão indo para o exterior...
7. Exigiria o aparelhamento do exército, marinha e aeronáutica. Nossas forças militares são diminuídas e sucateadas a cada dia.

Agora, se eu fosse um líder político eu promoveria (tentaria promover):

1. A punição exemplar dos crimes políticos.
2. A abertura da economia nacional para a participação do capital exterior.
3. A conversão dos impostos em benesses sociais. 
4. A diminuição e reenquadramento do governo brasileiro. (Hoje, mais nos parecemos com uma republiqueta socialista...)
5. A modernização e implantação de infraestrutura que permita nosso país crescer e distribuir sua riqueza entre seu povo.
6. O investimento maciço em tecnologia e pesquisa. É um absurdo comprarmos tecnologia e vendermos commodities somente...
7. O fomento à expansão, reaparelhamento e atualização das forças armadas. Reiteraria a sua autonomia.
8. O incentivo ao respeito a constituição.
9. O cultivo dos valores humanos por meio da educação.

Aqui vão objetivos que tentaria trabalhar como um líder político.

Espero que as manifestações continuem. Isto é de extrema importância. assim os governantes lacaios, corruptos e sanguessugas deste país perceberão o quanto estamos insatisfeitos. Todavia, espero que os movimentos sociais que vemos lá fora tenham, de fato, propostas e objetivos que não sejam egoístas e, sim, coletivos (nacionais).

sábado, 16 de março de 2013

Discursos Pós-modernos



Outrora, já me havia detido, brevemente, sobre uma elementar disposição das características gerais da modernidade e pós-modernidade. Porém, como acho que o leitor não lerá todos meus post's de forma linear cabe-me, novamente, tratar um pouco sobre pós-modernidade. Alguns teóricos já se debruçaram sobre isto, em especial, o sociólogo Zygmunt Bauman. Sua obra deve ser apreciada. Todavia, me furtarei das abordagens técnicas e específicas e abordarei a temática a partir do prisma teológico. Cabe, aqui, uma consideração. Tudo neste blog tem fins teológicos. Não creio que a realidade possa ser dissociada, alijada, de uma visão teológica. Portanto, quando trato de pós-modernidade, o faço, visando uma afirmação universal. Isto, coloca a pós-modernidade sobre o crivo crítico da teologia. Voltemos para o pós-modernismo. Por pós-modernismo, entendo uma postura comportamental diante da realidade. O pós-modernismo é uma negação profunda de que exista uma verdade fundamental. Esta é a conceituação mais concisa de pós-modernismo.  O pós-moderno é aquele que diz não haver referenciais universais para se julgar quaisquer coisas. Portanto, os processos culturais e suas sucessivas mudanças é que delineiam os posicionamentos éticos diante da realidade. Vejamos um exemplo: A Bíblia, vista como Palavra de Deus, nos concede a visão de que o homossexualismo é uma abominação, um pecado. Isto é um referencial teológico e transcendente à cultura. Por outro lado, a visão pós-moderna diz que o homossexualismo é um tabu sócio-cultural que está por ser quebrado, pois, a Palavra de Deus, não passa de palavra de homens que se sujeitavam a uma cultura que oprimia as relações entre o mesmo sexo. Este exemplo deixa claro o quão ardiloso e destruidor é este argumento cultural. Tudo pode ser desconstruído ou reconstruído utilizando o relativismo. Nada é mais referencial. Tudo é cultural, mutável e volátil.  não existe verdade. A verdade é aquela que se constrói a cada dia "com o suor de nosso rosto". Se hoje pedofilia é pecado, amanhã pode não ser. Pois tudo se torna relativo. 
Esta introdução a respeito do pós-modernismo me permite analisar algumas questões. Em um destes dias que se passaram, fui a uma festa onde pude conversar com algumas pessoas distintas. Duas senhoras adoráveis e um jovem bem-sucedido. A conversa com as senhoras perpassou os temas de filhos até chegarmos a religião. Alguns pensamentos tratados devem ser aqui lembrados, pois elas falaram isto com veemência.

Abaixo transcrevo a paráfrase do que foi falado genericamente:

- "Todos os caminhos levam a Deus." "Religião não se discute". "Todos serão salvos". "Não importa a sua religião, importa se fazemos o bem".  

Vejamos que assuntos como Deus e religião são politicamente incorretos. Isto segundo o pós-modernismo é foro íntimo e, por isso, não pode ser julgado. O pós-modernismo concede autoridade a decisão pessoal enquanto ato e não julga esta de cisão. A autoridade está naquilo que você acha melhor para você. Isto me faz lembrar de um homossexual que vi na rua enquanto levava a minha filha, de manhã cedo, para a creche. Visivelmente homossexual ele vestia uma camisa de malha que trazia uma mensagem: " Campanha pela vida (em letras grandes): cada um com a sua (em letras pequenas)." Traduzindo: Ninguém pode falar nada a respeito do que faço, penso ou acho melhor! Isto é a encarnação do egoísmo  Estes casos demonstram o poder do relativismo pós-moderno.

O outro caso, o do jovem bem-sucedido, demonstra quanto nossa juventude está sem referenciais teológicos. Era até um pouco chato estar com ele pois só falava em ser bem sucedido, em comprar, gastar, qualidade de vida, etc. resolvi perguntá-lo o que era isto que ele dizia, indaguei-o sobre definições acerca da felicidade e, adivinhe o que ele disse: felicidade é foro íntimo. cada um é feliz com uma coisa. Duas lições podemos tirar daqui:

1º Ele não sabe o que é felicidade em seu sentido anterior, primevo, elementar, estrutural.
2º Mais uma vez a felicidade é cultural, relativa e de foro íntimo.

Bom, agora acho que já podemos entender melhor o pós-modernismo. Classifico-o assim:

- Negação da verdade verdadeira (conceito de Francis Schaeffer)
- O poder encontra-se não na ética, pois ela não "existe", mas sim naquilo que é "melhor" pra mim.
- Tudo é relativo ou tudo pode ser relativizado. Tudo mesmo!
- Não existe verdade transcendente. Tudo que há é imanente e cultural.
- Somos, simplesmente, organismos que respondem aos estímulos culturais.
- Antropocentrismo agudo. Egocentrismo idolátrico.

Minha oração é que Deus nos livre do discurso pós-moderno, pois, este discurso oferece, muitas vezes, refúgios intelectuais para nossos erros e pecados. Relativizando tudo, podemos nos livrar da culpa pelo erro cometido.  Considero-o uma praga e neste sentido ele deve ser combatido.

Combata-o você também!

SDG

Em Cristo,

Marcos Vital

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A cólera chamada Nova Unidade





É espantoso observarmos a homogeneização cognitiva de seres humanos. Nunca achei que isto fosse tão fácil e tão politicamente acessível. Ainda que se fale em multi, pluriculturalismo, o que vejo, hoje em dia, por trás dos rótulos, estereótipos e carapaças é um forma de pensar extremamente genérica postulada pelas mesmas bases. E isto é uma doença globalizada. Deixem-me explicar. Ateus, progressistas, grupos articulados sobre "liberdades individuais", políticos, educadores, artistas, jornalistas, escritores, religiosos etc (poderia aqui ficar a citar por horas) incrivelmente pensam da mesma forma. Obviamente que isto é uma generalização, mas uma generalização bem fortuita.  Aquele discurso relativista, "democrático", imoral, amoral, politicamente correto, desarmamentista, esquerdista, demagogo, sexual, sensual é uma febre (inter)nacional. Se converso com o padeiro, lá encontro o tal discurso. Se converso com o porteiro, lá também.  Se converso com o filosofo, não dá outra. Até com minha sogra... Quanta alienação; quanta formatação; nunca conseguimos tamanho sucesso educativo. As escolas, universidades e principalmente a mídia estão de parabéns,  para não dizer o contrário.  Será que não há vacina? Será que não há cura? Começo a achar que esta cólera que afeta o cérebro é potencialmente prejudicial àqueles que pensam diferente, àqueles que não foram afetados, àqueles que não estão doentes. Já vislumbro no horizonte próximo iniciativas "democráticas" (que utilizarão o aparato estatal) sendo colocadas (goela abaixo) em prática por meio de projetos de lei e de "métodos educacionais" para suprimir de vez aqueles que ainda resistem. Basta! Basta de reconstrução da história, basta de dialética, basta de síntese, basta de mentira! Que Deus, Todo-Poderoso, Único Deus, levante nesta terra uma força descomunal que venha a lutar pela verdade, pela decência, pela hombridade, pela ética, pelos valores cristãos, pela liberdade ética, e contra toda forma de marxismo cultural que tem feito a nossa sociedade se tornar putrefaça. Que Ele conte comigo. E com você, também?

SDG

Marcos Vital

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Raridade


Engraçado. Coincidências acontecem. E uma delas me pegou enquanto escrevia este post. Ao escutar a música chamada colisão de um cantor cristão (evangélico) chamado Anderson Freire, me senti estimulado, motivado, à postá-la, por ser uma verdadeira raridade dentro daquilo que chamamos música cristã (evangélica) hoje. A Coincidência se deu no fato de que escolhi como nome para este post o título raridade. Ao navegar na internet percebi que o mesmo cantor tem uma música chamada raridade. Legal. Coincidências à parte vamos ao que interessa. Resolvo postar abaixo a letra integral da música chamada Colisão do cantor Anderson Freire por ser ela uma pérola em meio a tanta loucura, Não é perfeita, mas quebra o paradigma vigente no universo evangélico atual. Portanto, em época onde a religião se tornou nada mais que comércio e Deus virou o serviçal que traz as bençãos e as vitórias, principalmente se elas virem em forma de mamon (dinheiro, coisas materiais), escutar uma música que fale sobre colidir com o mundo, viver a fé, arrepender-se, entregar-se a Deus, é realmente uma réstia de esperança, pois encontramos alguma canção que foge desta religiosidade líquida, egocêntrica (egoísta), supérflua, psicologizante; canção que não foi contaminada com ventos de doutrinas....  

Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o mal até o fim
Uma hora ele fugirá de mim
Preciso ser preservador de bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando meus impulsos
Ultrapassam o limite da emoção
Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é um templo santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu assento e caminhar com Deus
Hoje é tempo de fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada
Hoje é tempo de renunciar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez, agora sou eu
Vou morrer pro mundo e viver pra Deus

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013




















Deus, a verdade e o homem

 Ao perder a fé em Deus e Jesus Cristo, o Ocidente não está apenas se degenerando. Está literalmente enlouquecendo.

Dentre tantas questões da nossa época, encontradas na filosofia e em muitas perspectivas políticas, há três grandes revoltas da modernidade: a revolta contra Deus; a revolta contra a verdade; e a revolta contra o homem.
Revela-se no Ocidente a revolta contra Deus. As ideologias políticas e certas escolas filosóficas excluem Deus da história e do universo moral, político, ético e existencial do homem. O elemento da moda difundida nas universidades, na mídia e na opinião pública em geral é o materialismo e o ateísmo. Nestas teorias, o homem não precisa mais da realidade transcendente. Ele se basta a si mesmo.
A velha Europa destronou o fundamento histórico, moral e simbólico do Cristianismo nas instituições. Grupos fanáticos de militantes secularistas e esquerdistas se revoltam contra símbolos religiosos e contra a imagem maior da cruz em várias nações do mundo. A manifestação da fé cristã é hostilizada e marginalizada, senão criminalizada. Na Suécia chegou-se ao cúmulo de falar do Natal nas escolas excluindo o nome de Jesus Cristo. O nome do menino Jesus incomoda muitos. Na lógica deles, a religião deve ser extirpada da vida pública. O único mundo a ser valorizado é o terreno, o material, o temporal.
Por outro lado, há o sacrifício da verdade. É um lugar comum afirmar que a verdade não mais existe. Ou que ela é uma ilusão dos filósofos antigos e medievais. Há, ainda, pessoas que afirmam ser a verdade "intolerante", geradora de ódios e fanatismos. Em nome da tolerância, que tal abolir a idéia da verdade? Cada pessoa terá sua idéia, sua moral e seu fundamento e ninguém incomodará a outra com seus pensamentos. O relativismo, contraditoriamente, é o dogma da modernidade, a falsa verdade absoluta disfarçada de negação de todas as verdades.
Por fim, o homem é diminuído. As filosofias que negam a existência de Deus e da verdade, negam também a dignidade humana. A sacralidade da vida humana é relativizada. Neste prisma, o ser humano não passa de um composto químico orgânico, de um animal mais evoluído. Não há nenhuma questão substancialmente distintiva em relação às outras espécies. Como ser apenas biológico, um dia morrerá e sumirá. Na verdade, o homem é considerado mero produto da matéria, uma insignificante engrenagem que faz parte de um todo abstrato, porém onipotente, chamado "natureza", com suas forças irracionais e impessoais. Sua inteligência e sua razão são impotentes para enfrentar ou compreender as circunstâncias pelas quais vive.
Não é espantoso observar que as filosofias modernas, ainda que prometam a liberdade, neguem o indivíduo? A própria individualidade não passa de um efeito acidental das circunstâncias. Ela é sempre produto do meio, da genética, da sexualidade, das forças de produção econômica, da coletividade, da estrutura cultural, social e política ou da matéria. Em outras palavras, o homem não é livre. Sua liberdade e existência perdem-se num complexo arbitrário de fatores que não consegue perceber conscientemente. O homem é considerado figura amorfa de mais variados determinismos. Contudo, essa perspectiva tem uma contradição fatal: só os seus defensores conseguem perceber conscientemente essas influências. O que, na prática, confirma categoricamente a autonomia da consciência.
A consequência da negação de Deus na história é a negação da unidade existencial do homem como ser revestido de essência. Se a moral, a cultura, as idéias, o acúmulo de conhecimentos, a filosofia, o direito e a própria história são apenas meros fragmentos existenciais dos homens que não se comunicam entre si, logo, essa realidade histórica vivida pela espécie humana não possui unidade, nem coerência. Para quê guardar o passado, se a vida só é eterno presente, eterna temporalidade? Para quê preservar a civilização, se ela não tem continuidade em seus legados? Se não há Deus na história, toda a moral, todo o conhecimento e toda a civilização se diluem em caprichos e paixões irracionais de uma época. A realidade ontológica do homem na história se perde num emaranhado de existências sem qualquer propósito, sem qualquer correlação, sem qualquer nexo de causalidade.
Não é por acaso que o senso de moralidade definhou muito no século XX. A realidade dos campos de extermínio nazistas ou dos gulags soviéticos é a lógica elementar de uma moral utilitária, que não obedece a valores perenes, mas sim a circunstâncias e desvarios políticos. Sem a dignidade inata do homem, sem a lei natural e a transcendência, o indivíduo pode perfeitamente ser uma cobaia de um experimento social ou vítima do extermínio. O propósito de sua existência não é intrínseco à transcendência ou permanência. Depende dos caprichos de uma época, das convenções do momento, das paixões e opiniões massificadas de uma ideologia ou credo político.
Falou-se de transcendência. Sem ela, o homem não tem a perspectiva adequada para hierarquizar os valores e as relações das coisas no universo. Não tem a faculdade nem mesmo de pensar na ciência. Até porque as noções de ato, potência, da causalidade e seus efeitos não podem ser compreendidas dentro de uma ordem arbitrária e irracional. A confusão mental da atualidade é crer que a ciência possa substituir a filosofia, a metafísica, a teologia e outras demais formas de conhecimento. Na prática, a própria ciência se autodestrói. Vira um mito, uma mistificação esotérica.
E a abolição da verdade? É surpreendente pensar que os intelectuais, filósofos e ativistas queiram revogar a distinção básica entre verdade e erro, quando na prática, não conseguem desvinculá-la do dia a dia. É possível viver sem confiar na verdade? É possível fundamentar qualquer tipo de conhecimento no ceticismo e no agnosticismo absolutos? É possível viver sem confiança? Imaginemos uma pessoa não confiar no seu vizinho, no que lê, no que faz ou no que acredita? Isso é humanamente possível sem causar degeneração na consciência? A própria pregação em favor do ceticismo e agnosticismo absolutos implica uma crença numa verdade, ainda que contraditoriamente a negue. De fato, os céticos confiam demais no seu ceticismo, ainda que seu método, na prática, possa entrevar o raciocínio. É um estranho excesso de fé no nada. A negação prévia da verdade pode se tornar negação também da realidade. O cético, como um sofista, nega a verdade pela inépcia ou pela covardia de buscá-la.
Aristóteles já dizia que uma das faculdades mais profundas do homem é o saber. O saber que nasce de um assombro, de uma contemplação da realidade ao seu redor. Toda filosofia de ceticismo é uma negação do assombro pela indiferença. A negação da verdade e o relativismo implicam transformar todo o conhecimento humano numa mentira conveniente. Então, não haverá verdades propriamente ditas, mas disputas retóricas falaciosas e facciosas. Na lógica do relativismo, convencer alguém é mentir melhor do que o outro. Entretanto, será que alguém vive na mentira? Será possível a mentira viver substancialmente na realidade, já que ela pertence a um não-ser, a algo inexistente? Se a mentira conveniente do relativismo fundamenta o discurso moral, político e filosófico, o que se pode esperar disso?
Se ninguém tem compromisso com a verdade, o que resta é a imposição da mentira. Numa situação como esta, qualquer compromisso moral de honestidade já foi jogado na lata do lixo. Se há algo que se pode concluir de uma boa parte das filosofias modernas é a mentira sistematizada, consciente. Dentro do maior século da mentira, o século XX.
Tal sintoma não apenas gera desprezo pela verdade. A consequência mais grave é o ódio até pela realidade. Variados grupos políticos propõem uma modificação radical da realidade, pelos desvarios tirânicos de suas ideologias. Grande parte dos regimes totalitários do século XX tinham este objetivo.
As loucuras atuais do politicamente correto e da engenharia social, visando remodelar comportamentos e pensamentos, são elementos nada desprezíveis do desprezo pela realidade. Uma questão é bastante clara: a realidade não pode ser apagada. No mínimo, negada. No máximo, destruída. E mesmo assim existirá, sob escombros.
O Cristianismo é um das poucas sólidas referências em um mundo cada vez mais confuso, perdido, dominado por credos perversos ou ceticismos vazios. Ao perder a fé em Deus e Jesus Cristo, o Ocidente não está apenas se degenerando. Está literalmente enlouquecendo. A ditadura do relativismo desumaniza o homem. Rebaixa as instituições e a moral. Contamina a verdade de falsidades. Destrona Deus e absolutiza a natureza e o Estado.
Sem Deus, o homem perde o senso da ordem da natureza e a noção da dignidade intrínseca que possui no universo. Sem a verdade, deixa de conhecer a realidade e se perde na escuridão e ignorância. Ou, na pior das hipóteses, enlouquece. E o caminho de tudo isso é a despersonalização, a morte e o aniquilamento. Eis o abismo que espera o Ocidente.

P.S. Artigo retirado do site Mídia sem Máscara. Escrito por Leonardo Bruno. Acessado e copiado em 04/01/2013.