sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Questão Bélica na sociedade Americana e os reflexos no Brasil



O mais recente massacre em uma instituição de ensino americana (cidade de Newton) fomentou, novamente, as discussões quanto à questão de uma sociedade armada, ou segundo a oposição, militarizada. É cansativo perceber que existem dois pólos ideológicos que se literalmente "duelam" nesta arena. Um defende a liberalização das armas para a sociedade dentro de alguns parâmetros. O outro, coíbe qualquer possibilidade de existir armas nas mãos dos civis. O primeiro, se coloca numa cosmovisão materialista-capitalista, o segundo, numa visão materialista-marxista.  Dados recentes, mostram que uma sociedade civil armada, não necessariamente fomenta os índices de criminalidade, mas sim, os faz reduzir. Obviamente, isto ocorre dentro de uma mentalidade cultural que nunca teremos no Brasil. O cerne da questão, se dá a partir das abordagens que este tema recebe dentro dos veículos de comunicação e dentro do eixo educacional. Aqui, devemos fazer um alarde. A manipulação midiática e educacional da abordagem da realidade baseada em ideologias antagônicas só faz a sociedade se polarizar mais em torno de uma questão fundamental. 
A partir destas afirmações gostaria de fazer algumas considerações importantes:

1º- Não devemos tratar esta questão polarizados em ideologias conflitantes.
2º- Não devemos ideologizar a sociedade baseado em nosso ideais políticos-ideológicos.
3º- Devemos fomentar um debate sincero e apartado de teorização ideológica ou de relativismo de interesse quanto a real necessidade de uma sociedade armada. (este tópico é particularmente difícil, alguns argumentarão que não podemos trabalhar fora dos limites das ideologias).
4º- Devemos entender que armas não atiram sozinhas.
5º- Devemos lutar pelo desarmamento de criminosos.
6º- Devemos lutar por um maior investimento no controle mundial do tráfico internacional de armas.
7º- Devemos entender que todo cidadão devidamente capacitado pelo organismo responsável, deveria ter direito à defesa pessoal via armamento de fogo desde que cumpra-se os critérios devidamente adotados.
8º- O armamento da sociedade civil não pode estar alijado de uma educação que defina os moldes justos de boa convivência.
9º- Paz, não é o mesmo que sociedade civil desarmada, como versa a cartilha dos pacifistas modernos. Paz, também não é sinônimo de uma sociedade armada. Paz é uma utopia social. Eu particularmente creio que o problema está imiscuído na natureza humana. o homem pode ser bom, mas também, pode ser mau. E isto nada vai mudar. 
10º- Devemos entender que as ideologias não são perfeitas e ambas podem fornecer algo de bom, mas também, coisas torpes e insensatas.
11º- Uma sociedade sem bandidos não precisa de armas, Será que temos uma?
12º- O Estado pode garantir a nossa segurança plena? Não.
13º- Famílias devidamente constituídas e alicerçadas serão piores famílias se tiverem armas? Não.
14º- Armas devem ser mantidas longe do alcance de crianças. Necessita-se de espaços estratégicos e protegidos para quem quer tê-la.
15º- As mídias, todas elas, estão polarizadas em interesses políticos-econômicos-ideológicos e passam estas polarizações em suas programações cotidianamente.

Obviamente, estes tópicos não encerram a questão. Mas, nos fornecem bases para começarmos a pensar esta questão fundamental que é a segurança social, civil. Não é desarmando nossa sociedade civil de bem que resolveremos o problema. Somente uma coalizão que envolva, governos, educação, política, moral, direitos e deveres, poderá ATENUAR (e não resolver) nossos problemas sociais. Sou a favor do armamento consciencioso. Se fulano de tal quer ter uma arma e tem responsabilidade (inúmeros critérios balizam esta responsabilidade) para isso, por que não? Por que um pai de família não pode requerer o direito de defesa bélica de sua família, ou propriedade? Não vejo nada que possa impedir isto. 

Defendo a utilização de armas com sapiência, destreza, zelo e na ocasião que se fizer necessária.

Abraços,

Marcos Vital

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